Índices da bolsa brasileira: conheça alguns dos principais

Se você já investe, ou está pensando em começar a investir na bolsa, é importante que conheça alguns dos principais índices da bolsa brasileira. Os índices são referências para os investimentos, e conhecê-los ajuda a entender o desempenho dos seus investimentos.

Os Índices te informam sobre o comportamento dos seus ativos e te ajudam a fazer as melhores escolhas para a carteira de investimentos. Lista completa dos índices da B3.

A seguir, conheça oito dos principais indicadores do mercado acionário brasileiro.

1 – Índice Bovespa (Ibovespa)

O Ibovespa é o principal índice do mercado acionário brasileiro. Ele representa ações das empresas mais relevantes na bolsa, que correspondem a cerca de 80% do volume total de negociações no mercado de capitais nacional.

Para fazer parte do Ibovespa, as companhias precisam atender aos seguintes critérios:

– ter participado de, no mínimo, 95% dos pregões nos últimos 12 meses;

– não ser uma ação penny stock (com valor abaixo de R$ 1,00)

– estar entre os ativos que representem 85% de Índice de Negociabilidade (IN) no período de um ano;

– ter volume financeiro de, no mínimo, 0,1% do mercado à vista nos últimos 12 meses;

– não estar em recuperação judicial ou extrajudicial, intervenção ou regime especial de administração temporária.

O Ibovespa é revisado a cada quatro meses. As empresas que deixam de cumprir os requisitos acima são excluídas do índice, ao passo que outras passarão a compô-lo.

Os ativos são ponderados pelo valor de mercado das ações em livre circulação, observando que nenhuma ação pode ter uma participação maior que 20%.

Devido aos critérios, o número de constituintes do índice não é fixo. Em 16 de agosto de 2021, haviam 82 ações no índice.Percebe-se que a ponderação pelo valor da empresa cria um viés para grandes empresas. Por isso, você  às vezes pode escutar se trata de um índice de Big Stocks.

2 – Índice Brasil (IBrX)

O IBrX é um índice mais específico do que o Ibovespa. Isso porque, além de considerar a liquidez e o volume de negócios das ações, leva em consideração também o valor de mercado das companhias. Dessa forma, as empresas que possuem maior valor de mercado tendem a apresentar mais peso no IBrX

Esse índice possui duas subdivisões, que são IBrX-100 e IBrX-50. Os números fazem referência à quantidade de empresas que cada um carrega em sua composição. Quanto à seleção das empresas, os critérios são semelhantes aos do Ibovespa. Da mesma forma que o principal índice da B3, tanto o IBrX-100 quanto o IBrX-50 são revisados a cada quatro meses.

3 – Índice Imobiliário (IMOB)

O IMOB é o índice do mercado acionário que tem como objetivo mostrar o desempenho médio das empresas do segmento imobiliário. Por isso, ele é composto por companhias dos setores de construção civil, intermediação imobiliária e exploração de imóveis.

As ações que formam o IMOB são selecionadas de acordo com sua liquidez, e ponderadas nas carteiras pelo valor de mercado dos títulos em circulação. É importante destacar que há um limite de 20% para a participação de uma ação no índice.

4 – Índice Small Caps (SMLL)

Small caps são as empresas da bolsa que possuem os menores valores de mercado. De forma geral, são classificadas nessa categoria as companhias com capitalização de mercado entre R$300 milhões e R$2 bilhões.

Outros fatores que caracterizam uma small cap são o potencial de liquidez e a menor liquidez das ações quando comparadas às blue chips (maiores empresas da bolsa). Esses fatores podem ou não ocorrer simultaneamente.

Por sua vez, o SMALL é composto por ações e unidades de ações dessas empresas. Nesse índice, os ativos são ponderados pelo valor de mercado dos ativos em circulação no momento da avaliação (free float) das small caps.

Muitas small caps são empresas em fase de amadurecimento, ou não tão conhecidas pelos investidores. Isso faz com que, muitas vezes, as suas ações estejam descontadas, o que pode vir a ocasionar um bom potencial de ganhos, especialmente no longo prazo.

5 – Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)

O ISE busca medir o retorno das ações de determinadas empresas reconhecidas por suas ações em termos de sustentabilidade empresarial e responsabilidade social.

Para que uma empresa participe do ISE, as suas ações devem estar entre as 200 empresas de maior liquidez na bolsa. Satisfeito esse requisito, é preciso apresentar alguns documentos e responder um questionário elaborado pela FGV que contempla sete dimensões: ambiental; social; geral; econômico-financeira; governança corporativa; mudanças climáticas; natureza do portfólio.

O questionário é extenso para abranger todos os possíveis impactos ambientais e sociais provocados pela atividade da empresa.

O ISE é formado por cerca de 40 empresas, e a sua revisão é feita uma vez por ano, entre o final de novembro e início de dezembro. Validado o índice, ele entra em vigor no início de janeiro do ano seguinte. Atualmente, o peso das empresas no índice é dado pelo free float e pela capitalização de mercado.

6 – Índice de Dividendos (IDIV)

O IDIV é formado pelas empresas que se destacam em termos de remuneração aos acionistas. Para compor o índice, as companhias precisam estar entre as 99% mais negociadas na bolsa no período das três carteiras anteriores. Outro requisito é ter estado presente em 95% dos pregões dos últimos seis meses.

Outros dois critérios para participação no IDIV dizem respeito aos dividendos. Nesse sentido, é preciso que as empresas estejam entre os 33% maiores rendimentos de dividendos dos últimos 36 meses. Por fim, a soma dos rendimentos de dividendos, de cada 12 meses, deve ter sido maior do que zero nos últimos três anos.

Da mesma forma que no Ibovespa e IBrX, para participar do IDIV as empresas não podem estar em recuperação judicial ou extrajudicial, ou sob intervenção ou regime especial de administração temporária.

7 – Índice Financeiro (IFNC)

O IFNC contempla ações de empresas que representam os setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos, previdência e seguros.

Nesse índice, os ativos são ponderados pelo valor de mercado do free float das ações pertencentes à carteira.

O IFNC segue os mesmos critérios do IDIV em relação ao volume e frequência de negociações na bolsa. Ou seja, as ações precisam estar entre as 99% mais negociadas nas três carteiras anteriores e presentes em 95% dos pregões dos últimos seis meses.

8 – Índice de Consumo (ICON)

O ICON representa as principais empresas dos setores de consumo cíclico, não cíclico, de saúde e de educação listadas na B3. A exemplo do IFNC, ele também é considerado um índice de retorno total, pois mede a valorização do papel e, também, a distribuição de dividendos por parte das empresas emissoras.

Quanto à sua composição, as empresas que participam do ICON seguem os mesmos critérios do IDIV e IFNC.

Esses foram alguns dos índices acionários mais importantes da bolsa brasileira.

Os índices da bolsa brasileira não servem somente para ter uma forma simples de acompanhar o desempenho geral do mercado de ações. Além disso, eles são também importantes para você analisar o desempenho relativo da sua carteira de ações ou fundos de ações, caso você deseje. Por exemplo, comparando o resultado da sua carteira com um índice, você percebe se somente ganhou dinheiro porque o mercado inteiro subiu ou porque você fez uma boa seleção.

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Se você tem dúvidas sobre os índices da bolsa brasileira, ou se quiser saber mais a respeito sobre esse ou outros assuntos ligados a investimentos, deixe seus comentários abaixo. E fique atenta aos nossos artigos sobre métodos de investimento e análise de desempenho.

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