Mesmo que você não acompanhe com frequência as notícias sobre economia, certamente ouviu falar no IPCA nos últimos tempos.
Com a inflação em alta, o índice tem sido muito comentado no mercado financeiro. Inclusive, existem investimentos atrelados a esse índice, que são uma boa alternativa para proteger o patrimônio da desvalorização.
O que significa IPCA?
IPCA é a sigla para Índice de Preços ao Consumidor Amplo. Quem calcula esse índice todos os meses é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que o divulga entre a primeira e a segunda semana de cada mês.
A função do IPCA é mostrar as variações de preços dos produtos e serviços que chegam ao consumidor final. Por isso, ele é considerado o índice oficial da inflação brasileira.
Como é feito o cálculo do IPCA?
O cálculo do IPCA é feito com base nos preços dos itens de consumo de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos mensais. Para levantar essas informações, o IBGE pesquisa domicílios, estabelecimentos comerciais e concessionárias de serviços.
Os itens que entram no cálculo do índice incluem alimentação, vestuário, transportes, comunicação, saúde, entre outros. O IBGE realiza a pesquisa em 16 capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Fortaleza, Belém, Aracaju, Vitória, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Mesmo que a pesquisa ocorra somente nessas capitais, os valores levantados pelo IBGE para a composição do IPCA valem para todas as cidades brasileiras.
Variações do índice
Para que a inflação possa ser medida de forma ainda mais detalhada, existem duas subdivisões do índice: o IPCA-15 e o IPCA-E.
O IPCA-15 é uma prévia do IPCA mensal, e também é calculado a cada 30 dias. Nesse sentido, o que varia é o período considerado, pois o IPCA-15 abrange dois meses diferentes e consecutivos. Ou seja, a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês de referência.
Por sua vez, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – Especial) também considera o mesmo período de corte do IPCA-15. No entanto, a sua divulgação ocorre no final de cada trimestre. Isso porque o seu objetivo é realizar uma espécie de balanço trimestral da inflação brasileira.
Então o IPCA sempre vai refletir a inflação?
Provavelmente, você já deve ter visto alguém fazer a seguinte pergunta: como pode o IPCA ser 10% (por exemplo), se as minhas despesas aumentaram bem mais do que isso?
O motivo é simples: para calcular o IPCA, o IBGE pesquisa de 300 a 400 itens (também chamados de “cesta de produtos”). Porém, nem todas as pessoas têm os mesmos hábitos de consumo. É por isso que o índice não espelha a realidade da inflação de todos os brasileiros.
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Inflação e taxa de juros: qual a relação? – blog da LadyBank