Você sabia que o Brasil tem 11 milhões de pessoas analfabetas?
É isso mesmo, cara seguidora. Segundo o IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD, 2019) – o Brasil possui cerca de 11 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade. Além disso, cerca de 6,6% dessas pessoas não sabem ler e nem escrever um simples bilhete. Vide.
Além disso, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, OCDE, 2018) mostra que cerca de metade dos jovens brasileiros de 15 anos têm um nível de proficiência de leitura inferior à média de outros países. Fonte
Por aqui, um dos principais problemas é a desigualdade de condições para crianças e jovens em relação aos estudos. Ou seja, a situação social e econômica dos alunos, inclusive a raça, impactam significativamente nos resultados de aprendizagem.
Além de os alunos mais pobres não terem acesso a boas escolas, a pandemia foi outro agravante para a qualidade do ensino. Isso porque o fechamento prolongado das escolas e o ensino à distância levaram a perdas no processo de aprendizagem. Dessa forma, sem acesso a recursos tecnológicos, muitas dessas crianças tiveram, no mínimo, um ano letivo completamente perdido.
Dia Nacional da Alfabetização: mulheres, pretos e pardos estão entre os mais vulneráveis economicamente
Mesmo antes da Covid-19, o Brasil já se encontrava estagnado em termos de crescimento econômico e redução da desigualdade. Dessa forma, a pandemia somente agravou a recessão econômica e consolidou o Brasil como um dos países mais desiguais do mundo.
De acordo com estudo do IBGE de 2020, 41% dos trabalhadores brasileiros trabalhavam na informalidade. Normalmente, os níveis de pobreza entre esses trabalhadores são quatro vezes maiores do que a média nacional.
Entre os grupos mais vulneráveis economicamente estão mulheres, pretos e pardos e aqueles com menor nível de escolaridade. Esses grupos têm maior incidência de empregos informais.
Veja neste link, o estudo da OCDE na íntegra.