Uma das dúvidas que muitos têm quando estão começando a investir é sobre a forma de remuneração das aplicações. Mas o que é melhor? Um investimento prefixado ou pós-fixado?
Pensando nisso, preparamos este artigo para lhe mostrar as principais características das aplicações pré e pós-fixadas, e quando é mais adequado escolher entre uma ou outra modalidade. Então, se você também tem esse tipo de dúvida, continue a leitura e confira!
Como escolher entre investimentos prefixados e pós-fixados?
Antes de mais nada, é importante entendermos o que são investimentos de renda fixa. Como o próprio nome diz, na renda fixa você já sabe o quanto a sua aplicação irá render no vencimento (no caso da prefixada), ou consegue ter uma estimativa disso (no caso da pós-fixada).
Devido a essa previsibilidade, a renda fixa é utilizada para formar a reserva de emergência.
Outra característica dos investimentos de renda fixa é que a maioria deles possui a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Esse fundo garante ao investidor o ressarcimento de até R$ 250 mil por banco no caso de falência das instituições financeiras.
Explicada a renda fixa, podemos ver agora como funcionam a renda fixa prefixada e a pós-fixada.
Renda fixa prefixada
Na renda fixa prefixada, você consegue saber o quanto o seu investimento renderá até o vencimento logo no momento da aplicação. Por isso, essa é a modalidade mais simples de entender.
Imagine que você tenha contratado com o seu banco um CDB com taxa de 4% ao ano. Essa taxa corresponde ao rendimento bruto (sem considerar os impostos) da sua aplicação ao final de 12 meses. Mesmo que a taxa Selic suba ou caia durante o período em que o dinheiro estiver investido, você ganhará do banco os 4% acordados no início da aplicação.
Renda fixa pós-fixada
No caso da renda fixa pós-fixada, a remuneração do investimento está atrelada a alguma taxa (CDI ou Selic) ou a algum índice da economia (como o IPCA, por exemplo). Por isso, você não consegue saber exatamente o quanto a aplicação irá render no vencimento. O ganho efetivo será conhecido ao final do período, e dependerá do movimento da taxa ou do índice utilizado.
Imagine agora que, em vez de ter contratado o CDB prefixado do exemplo acima, você adquiriu um título que paga 100% do CDI. Diferentemente do prefixado, agora você não sabe exatamente qual será o seu ganho no vencimento da aplicação. No entanto, terá a certeza de que o seu investimento acompanhará a tendência da taxa de juros no período, se de alta ou de queda.
No exemplo, utilizamos o CDI, porém isso vale também para indicadores de inflação, como o IPCA. Nesse caso, se o seu investimento estiver atrelado ao IPCA e a inflação subir no período, o seu rendimento acompanhará a alta dos preços, e isso fará com que o seu dinheiro não perca valor.
E quando escolher a renda fixa prefixada ou pós-fixada?
Para tomar essa decisão, é preciso analisar diversos fatores. Aqui, nós falaremos sobre os mais simples, que são a tendência dos juros e a diversificação da carteira. Acompanhe!
Tendência da taxa de juros
Dependendo do momento da economia, a taxa de juros pode se comportar de diferentes maneiras.
Quando os preços estão em alta, uma das formas que o governo tem de conter a inflação é subir a taxa Selic. Ao subir os juros, o dinheiro fica mais caro e, naturalmente, as pessoas freiam o consumo. Com menos consumo, os preços tendem a baixar novamente, e a inflação volta ao controle.
Aqui no blog, já falamos sobre a relação entre taxa Selic e inflação. Para saber mais sobre o assunto, clique aqui.
Com a Selic em alta, torna-se mais interessante investir na renda fixa pós-fixada. Isso porque o rendimento da aplicação acompanhará a taxa de juros, logo, o seu ganho será maior do que se você fixasse um percentual no início do investimento.
Já em momentos de cortes de juros, é mais vantajoso garantir uma taxa maior já no início da aplicação. Nesse caso, independentemente da queda da Selic, você terá o ganho assegurado no vencimento do título.
Diversificação da carteira
Outro ponto importante é a diversificação dos investimentos. O ideal é que os recursos sejam distribuídos entre as duas formas de renda fixa. Nesse sentido, a proporção dependerá da tendência do mercado.
Essas foram algumas dicas sobre investimentos prefixados e pós-fixados. Se você tiver alguma dúvida, deixe abaixo os seus comentários, e siga o nosso blog e redes sociais para continuar acompanhando conteúdos como esse!