A ruptura de um casamento impacta significativamente a estrutura familiar e gera conflitos nas emoções, na rotina, no estilo de vida, afetando as nossas finanças pessoais. Quando ocorre um divórcio, muitas mulheres se sentem à deriva, pois sofrem com as perdas financeiras. Ou seja, enfrentam muitos problemas, principalmente, pela redução da renda principal.
Nesse sentido, um estudo conduzido pelo IBGE – “Diferença do rendimento do trabalho de mulheres e homens nos grupos ocupacionais”, Pnad (2019) – mostra que as mulheres têm salários menores do que os homens em todas as ocupações estudadas. Embora tenha ocorrido significativa queda na desigualdade salarial constatada entre 2012 e 2018, as mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens no País. Considere estes postos-chaves ao tomar decisões sobre como dividir suas finanças e a vida.
O caso da “Senhora A”
Vamos considerar o caso da Senhora A. Ela foi casada por 25 anos com o Senhor B, e depois deste período, se divorciaram. Aos 51, a Senhora A se viu em uma encruzilhada. Gerente de vendas de uma empresa na área de saúde, ela alcançou sucesso profissional e estabilidade financeira individual, mas seu casamento não estava seguro.”Eu estava insensível ao relacionamento”, diz ela. “E não era só eu. Nós dois desistimos.” Dessa forma, após anos de tentar uma reconciliação, a Senhora A e o marido chegaram, relutantemente, à conclusão de que estariam melhor divorciados.
Vamos considerar o caso da Senhora A. Ela foi casada por 25 anos com o Senhor B, e depois deste período, se divorciaram. Aos 51, a Senhora A se viu em uma encruzilhada. Gerente de vendas de uma empresa na área de saúde, ela alcançou sucesso profissional e estabilidade financeira individual, mas seu casamento não estava seguro: _”Eu estava insensível ao relacionamento”, diz ela. _ “E não era só eu. Nós dois desistimos.” Após anos de tentar uma reconciliação, a Senhora A e o marido chegaram, relutantemente, à conclusão de que estariam melhor divorciados.
Depois de tomar a decisão de divorciar-se, chegou a hora de descobrir como gerir a vida sem o apoio financeiro do companheiro. No entanto, a Senhora A nunca havia cuidado da vida financeira antes. Logo, ela se pergunta o que fazer para se divorciar sem perder o padrão de vida.
A dúvidas da Senhora A atingem muitas mulheres no Brasil e no mundo. Casais divorciados com mais de 50 anos de idade são cada vez mais comuns no Brasil. Nos EUA, por exemplo, as pessoas nessa faixa etária têm agora duas vezes mais probabilidade de se separarem do que em 1990, de acordo com uma pesquisa do Center for Family & Demographic Research at Bowling Green State University (1). E de acordo com um estudo da Universidade de Stanford, as mulheres iniciam 69% de das separações conjugais.(2)
As implicações financeiras do divórcio são um dilema, especialmente para as mulheres. De acordo com um relatório do U.S. Government Accountability Office, a renda familiar de mulheres cai 41% após um divórcio ou separação consideradas pessoas acima de 50 anos, enquanto a renda familiar dos homens cai apenas 23%, para a mesma faixa etária.
Expectativa de vida
Com as mulheres vivendo cerca de cinco anos a mais do que os homens, em média, essa queda na renda pode ter consequências graves para a segurança financeira das mulheres, podendo representar significativo empobrecimento, em curto espaço de tempo. “Essa diferença financeira de gênero é uma realidade que muitas vezes ‘obriga’ as mulheres a permanecerem em relacionamentos ruins para elas, mesmo em casos em que há violência doméstica contra a mulher. Para evitar essa situação, as mulheres têm que se preparar psicologicamente, e financeiramente”, diz a Presidente da LadyBank, Dra. Vanise Zimmer, especialista em Estudos de Gênero e Psicologia Financeira.
As pessoas, em geral, não planejam se divorciar, o que torna mais difícil criar uma condição de acúmulo de capital para gerenciar a vida financeira, nos primeiros anos de divórcio. Na impossibilidade de prever a perda financeira associada ao divórcio, muitas vezes, as mulheres são levadas a uma condição súbita de empobrecimento e ao retorno para uma relação de dependência econômica de seus familiares. Essa história triste é mais comum do que parece, e muitas mulheres passam por isso, todos os anos no Brasil e no mundo Portanto, é importante ter algumas orientações de especialistas em finanças e mesmo usar as ferramentas disponíveis para avaliação de orçamento e de planejamento financeiro. A conta LadyBank foi desenhada pensando nisso.
Dicas de nossas especialistas
“Se você não consegue estimar quanto dinheiro precisa para se manter por um curto período de tempo, se não souber quanto pode gastar agora, ou precisa para pagar as contas do mês, então, olhe para seu orçamento atual e pense em seus planos futuros para se preparar para um divórcio financeiramente mais seguro” sugere a Head da área de Planejamento Financeiro e Investimentos da LadyBank, Eliane Tanabe.
Dra Vanise Zimmer lembra também da importância de se associar a grupos de apoio a mulheres que ajudam a pensar financeiramente, a fazer o planejamento financeiro e a tomar ciência de como custear a vida e alerta: “Você não tem que fazer isso sozinha. Um advogado de divórcio, um contador, um psicólogo financeiro, um planejador financeiro pessoal – profissionais com ampla experiência que conhecem os problemas decorrentes do divórsio – podem ajudá-lo a desenvolver um plano financeiro estratégico com segurança, manter a perspectiva e seguir em frente com confiança.”
Ações importantes a considerar no início do divórcio
Agora, para ajudar você a se orientar melhor sobre o que é importante considerar na hora de se divorciar, as especialistas da LadyBank sugerem três dicas importantes:
Abra novas contas apenas em seu nome, e feche as que forem mantidas em conjunto
Você também vai querer tirar seu nome de contas conjuntas e serviços públicos, o que pode levar mais tempo do que esperado; obtenha uma cópia de seu relatório de crédito para ter certeza de que você e seu ex não estão mais em contas conjuntas.
Converse com uma planejadora financeira pessoal ou um especialista na área tributária
Você vai querer dividir seus ativos (ações, títulos, imóveis, coleções de arte, etc.) de forma justa, com base em suas necessidades e expectativas, e alinhado às leis vigentes. Dependendo da forma de comunhão de bens (se é parcial ou total), será definido qual bem entra na divisão. E não se esqueça da sua dívida conjunta (hipotecas, empréstimos pessoais, cartões de crédito e contas de serviços públicos etc.), que também devem ser contabilizados no acordo de divórcio.
Para fazer isso da melhor forma, é importante que você converse com uma planejadora financeira pessoal ou um advogado e um profissional da área tributária sobre a melhor maneira de dividir planos de previdência e pensões. E comece agora mesmo com a ordem de itens domésticos. Pode levar semanas e até meses para ser concluído o rol de bens para a divisão, mesmo se todos estiverem de acordo sobre como fazer a divisão.
O divórcio é um momento para desapegar-se!
Não vale a pena estar emocionalmente ligado a qualquer ativo – especialmente sua casa. Pergunte-se: posso me dar ao luxo de mantê-lo sozinho, ou vendê-lo teria mais probabilidade de me ajudar a alcançar estabilidade financeira e seguir em frente com minha vida?
Desapegue-se! A vida segue em frente e é importante começar esta nova etapa com segurança e estabilidade financeira, afinal, há muitas questões emocionais a serem tratadas e é importante ter a cabeça tranquila, sem se preocupar com dívidas, para pensar em como se conectar com a sua nova história.
Você não saberá quanto dinheiro vai precisar se não souber quanto pode gastar agora. Use a solução de organização do orçamento da conta LadyBank para aprender como orçar e quanto pode gastar. Pense nos seus planos futuros e no que é necessário para atingi-los. Converse com um planejador financeiro pessoal sobre quaisquer ajustes que você precise fazer na forma como gasta, economiza e investe seus recursos no futuro.
Quer saber mais sobre como se preparar financeiramente para o divórcio, confira também em nosso Blog o artigo: “Desmantelando uma vida financeira compartilhada? Saiba o que fazer!“